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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

MINHA PAIXÃO A DANÇA DO VENTRE

DANÇA DO VENTRE
dança de ventre é uma famosa dança praticada originalmente em diversas regiões do Oriente Médio e da Ásia Meridional. De origem primitiva e nebulosa, datada entre 7000 e 5000 a.C,1 seus movimentos aliados a música e sinuosidade semelhante a uma serpente foram registrados no Antigo EgitoBabilôniaMesopotâmiaÍndiaPérsia e Grécia, e tinham como objetivo preparar a mulher através de ritos religiosos dedicados a deusas para se tornarem mães. Com a invasão dos árabes, a dança foi propagada por todo o mundo.2 A expressão dança do ventre surgiu na França, em 1893.3 No Oriente é conhecida pelo nome em árabe raqṣ sharqī4 (رقص شرقي, literalmente "dança oriental"), ou raqṣ bládi (رقص بلدي, literalmente "dança da região", e, por extensão, "dança popular"), ou pelo termo turco çiftetelli (ou τσιφτετέλι, em grego).


É composta por uma série de movimentos vibrações, impacto, ondulações e rotações que envolvem o corpo como um todo.5 Na atualidade ganhou aspectos sensuais exóticos, sendo excluída de alguns países árabes de atitude conservadora.1
A origem é controversa. É comum atribuir a origem a rituais de fertilidade no Egito, embora a Egiptologia afirme que não há registros desta modalidade de dança nos papiros - as danças egípcias possuíam natureza acrobática. É possível que alguns dos movimentos, como as ondulações abdominais, já fossem conhecidos no Antigo Egito, com o objetivo de ensinar às mulheres os movimentos de contração do parto. Com o tempo, foi incorporada ao folclore árabe durante a invasão moura no país, na Idade Média. Não há, contudo, registros em abundância da evolução na Antiguidade.
Por possuir elementos corporais e sensuais femininos, acredita-se que sua origem remonta ao Período Matriarcal, desde o Neolítico, cujos movimentos revelam sensualidade, de modo que a forma primitiva era considerada um ritual sagrado. A origem está relacionada aos cultos primitivos da Deusa Mãe, Grande Deusa ou Mãe Cósmica:5 6 7 provavelmente por este motivo, os homens eram excluídos do cerimonial (Portinari, 1989). As mais antigas noções de criação se originavam da idéia básica do nascimento, que consistia na única origem possível das coisas e esta condição prévia do caos primordial foi extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole. Acreditava-se que a partir do sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitasse este sangue, surgissem os "frutos", a própria maternidade. Essa é uma das razões pelas quais as danças das mulheres primitivas eram repletas em movimentos pélvicos e abdominais.8
As manifestações primitivas, cujos movimentos eram bem diferentes dos atualmente executados, tiveram passagem pelo Antigo EgitoBabilôniaMesopotâmiaÍndiaPérsia eGrécia, tendo como objetivo através ritos religiosos, o preparo de mulheres para se tornarem mães.9 (Penna, 1997).
Os movimentos são marcados pelas ondulações abdominais, de quadril e tronco isoladas ou combinadas, ondulações de braços e mãos,tremidos (shimmies) e batidas de quadril , entre outros. Segundo a pesquisadora norte-americana Morroco, as ondulações abdominais consistem na imitação das contrações do parto: tribos do interior do Marrocos realizam ainda hoje, rituais de nascimento, em que as mulheres se reúnem em torno da parturiente com as mãos unidas, e cantando, realizam as ondulações abdominais a fim de estimular e apoiar a futura mãe a ter um parto saudável, sendo que a futura mãe fica de pé, e realiza também os movimentos das ondulações com a coluna. Estas mulheres são assim treinadas desde pequenas, através de danças muito semelhantes à Dança do Ventre. Ao longo dos anos, sofreu modificações diversas, com a inclusão dos movimentos do ballet clássico russo em 1930. Dentre os estilos mais estudados estão os estilos das escolas:
  • Norte-americana: manifestações mais intensas de quadril, deslocamentos amplamente elaborados, movimentos do Jazz, utilização de véus em profusão, movimentos de mãos e braços mais bem explorados;
  • Libanesa: com shimmies mais amplos e informais, seguidos de deslocamentos muito simplificados.
  • Egípcia: manifestações sutis de quadril, domínio de tremidos, deslocamentos simplificados adaptados do Ballet Clássico, movimentos de braços e mãos simplificados;
  • Brasileira revela uma tendência de copiar os detalhes de cada cultura, para fins de estudo e aumento de repertório, e tem se revelado ousado, comunicativo, bem-humorado, rico e claro no repertório de movimentos.
  • O estilo Dança do Ventre do Egito Faraonico, a Dança di Iaset  : foi criado no Brasil, em 1993, pela professora Regina Ferrari , com passos do ballet classico mesclados com movimentos da dança do ventre arabe , associados a uma interpretacao ficticia para cada movimento,como uma representacão artistica das danças do antigo Egito.Nao é uma dança com finalidade esoterica , para ser usada em rituais de magia. A finalidade foi de permitir as mulheres brasileiras praticarem a danca do ventre pela beleza da arte, sem receberem a conotacao de praticarem uma dança vulgar.
  • Tendo sido influenciada por diversos grupos étnicos do Oriente, absorveu os regionalismos locais, que lhe atribuíam interpretações com significados regionais. Surgiam desta forma, elementos etnográficos bastante característicos, como nomes diferenciados, geralmente associados à região geográfica em que se encontrava; trajes e acessórios adaptados; regras sobre celebrações e casamentos; elementos musicais criados especialmente para a nova forma; movimentos básicos que modificaram a postura corporal e variações da dança. Nasce então, a Dança Folclórica Árabe.
    A dança começou a adquirir o formato atual, a partir de maio de 1798, com a invasão de Napoleão Bonaparte ao Egito, quando recebeu a alcunhaDanse du Ventre pelos orientalistas que acompanhavam Napoleão. Porém, durante a ocupação francesa no Cairo, muitas dançarinas fogem para o Ocidente, pois a dança era considerada indecente, o que leva à conclusão de que conforme as manifestações políticas e religiosas de cada época, era reprimida ou cultuada: o Islamismo, o Cristianismo e conquistadores como Napoleão Bonaparte reprimiram a expressão artística da dança por ser considerada provocante e impura.
    Neste período, os franceses encontraram duas castas de dançarinas:
    • As Awalim (plural de Almeh), consideradas cultas demais para a época, poetizas, instrumentistas, compositoras e cantoras, cortesãs de luxo da elite dominante, e que fugiram do Cairo assim que os estrangeiros chegaram;
    • As Ghawazee (plural de Ghazeya), dançarinas populares, ciganas - descendentes dos grupos de ciganos dumi (دومي) (ou nawar) e helebi (os mais comuns no Egipto e na região do Levante), que passavam o tempo entretendo os soldados. Entre os ciganos do Médio Oriente, a dança não é considerada vergonhosa, e as suas mulheres cantam e dançam para animar festas de casamento e eventos em geral, o que é aceite pela sociedade mais ampla, mas contribui ainda mais para manter os ciganos com status inferior.
    • As Ghawazee descobriram nos estrangeiros, clientes em potencial e foram proibidas de se aproximarem das barracas do exército. No entanto, a maioria não respeitava as novas normas estabelecidas, e como conseqüência, quatrocentas Ghawazee foram decapitadas e as cabeças foram lançadas ao Nilo.
      Originalmente a dança possuía um aspecto religioso nos cultos à deusa mãe, não se sabe ao certo como foi a ligação com a idéia da prostituição, mas acredita-se que tudo tenha começado no período de transição do matriarcado para o patriarcado, quando as danças femininas passam a ser vistas como ameaça ao novo domínio político.
      história dá um salto, e em 1834, o governador Mohamed Ali, proíbe as performances femininas no Cairo, por pressões religiosas. Em 1866, a proibição é suspensa e as Ghawazee retornam ao Cairo, pagando taxas ao governo pelas performances.

    • Referências

        • ATON, Merit. Dança do Ventre – Dança do Coração. São Paulo: Tempos, 1996.
        • BUONAVENTURA, Wendy. Serpent of Nile: Women and Dance in the Arab World. London. Saqi Books 1989.
        • BURKERT, Walter. Antigos Cultos de Mistério. São Paulo: Palas Athena; 1995.
        • KUSSUNOKI, Sandra. A Dança e o Ventre: aparência corporal na contemporaneidade - o mito da barriga. São Paulo: Paco Editorial, 2011.
        • MONTET, Pierre. O Egito no Templo de Ramsés. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
        • PENNA, Lucy. Dance e Recrie o Mundo. São Paulo: Ed. Summus, 1997.
        • PORTINARI, Maribel. História da Dança. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1989.
        • WOSIEN, Marie Gabrielle. Danças Sagradas. Madri: Edições Del Prado, 1997.

    Um comentário:

    Angela Gaudêncio disse...

    Eita, Mirian! Amo dançar tb! Fiz ballet por quase 15 anos, e parei por causa da universidade, simplesmente não tinha mais tempo. Mas morro de saudades! Hj acho que ballet não dá mais pra mim, tô pensando em fazer dança de salão assim que as coisas de ajeitarem e Benjamin estiver mais independente, e eu estiver mais estruturada. Já fiz algumas aulas de dança do Ventre... amei! Mas pra mim não dá! Mooooooooooooorria de vergonha de mostrar a barriga antes... agora então... iiiiiiihhh! Missão Impossível!
    Beijos em minha norinha!!!
    Beijos pra ti!